Superman (2025) e a Última Resistência Moral: Um Chamado ao Evangelho em Tempos de Inversão de Valores
Durante anos, os filmes de super-heróis deixaram de ser mitos modernos sobre coragem, virtude e sacrifício. Tornaram-se vitrines ideológicas. Os personagens clássicos foram desconstruídos, distorcidos e reformulados para atender a pautas progressistas, com uma obsessiva necessidade de "representatividade" e uma deliberada subversão dos arquétipos morais. O que antes era belo, nobre e heróico, passou a ser considerado tóxico, opressor e ultrapassado.
Neste cenário sombrio e saturado de panfletos ideológicos, surge o novo Superman, como um clarão inesperado de luz moral. E por isso mesmo, já é alvo de críticas duras — não porque seja mal escrito, mas porque ousa contrariar a doutrina dominante. Porque propõe uma revolução silenciosa: o retorno à bondade.
O escândalo da virtude
Bondade. Sacrifício. Inocência. Heroísmo moral. Estas palavras, tão familiares à tradição cristã, tornaram-se suspeitas na linguagem cultural atual. Quem hoje fala de autocontrole, pureza, família ou verdade, corre o risco de ser tachado de retrógrado ou fanático. Mas o novo Superman insiste nelas. Ele não quer destruir o vilão — quer redimir. Não se entrega ao cinismo — insiste em crer no bem. Não usa seu poder para dominar — mas para servir.
O verdadeiro escândalo do filme não é seu enredo ou seus efeitos visuais, mas sua insistência em dizer que o bem ainda é bom. E que o mal, mesmo disfarçado de justiça social, continua sendo mal.
A inversão das ordens: do Éden ao entretenimento
Vivemos dias em que os fundamentos da realidade estão sendo relativizados. A distinção entre homem e mulher, certo e errado, pureza e perversão, tudo é embaralhado em nome da liberdade — uma liberdade que, no fundo, é escravidão disfarçada. Isso não começou nos streamings, mas no Éden.
Quando a serpente disse a Eva: “Certamente não morrerás... sereis como Deus”, ela apresentou a primeira narrativa distorcida. Desde então, o projeto das trevas tem sido inverter a ordem: transformar o feio em belo, o profano em sagrado, o vilão em herói. Não é coincidência que muitos filmes hoje retratem o criminoso como vítima, o herói como opressor, e o pecado como libertação.
O que estamos vendo é a sistemática erosão dos valores judaico-cristãos, sem os quais nenhuma civilização permanece de pé. Sem verdade, não há justiça. Sem sacrifício, não há amor. Sem Deus, não há sentido.
Superman como figura de resistência
Neste contexto, o Superman de 2025 não é apenas um herói fictício. Ele se torna, paradoxalmente, um símbolo de resistência espiritual. Ele desafia a ideologia dominante não com discursos políticos, mas com gestos profundamente evangélicos: proteger os fracos, buscar o bem comum, sacrificar-se por quem não merece.
Clark Kent é um estrangeiro que escolhe amar uma terra que não o compreende. Ele se recusa a ser moldado pelo ódio, mesmo quando incompreendido ou perseguido. Sua força maior não é física, mas moral. Ele tem o poder de destruir, mas escolhe perdoar. Em outras palavras, ele manifesta traços do próprio Cristo.
Claro, Superman não é Jesus. Mas ele aponta, ainda que de forma imperfeita, para o tipo de homem que só o Evangelho pode formar: alguém que, tendo tudo, abre mão de tudo por amor. Alguém que se curva, quando poderia reinar.
A igreja, a cultura e o chamado profético
Muitos cristãos têm se acovardado diante da cultura dominante. Em nome da relevância, tornaram-se irrelevantes. Em busca de aceitação, tornaram-se reféns. Mas o Evangelho nunca se curvou à cultura. Ele a confronta, transforma, redime.
O novo Superman é um lembrete doloroso: quando até um filme secular consegue apontar para valores eternos, é sinal de que a igreja precisa acordar. Precisamos voltar a falar de pureza, sacrifício, verdade, obediência. Precisamos formar homens e mulheres que amem mais a cruz do que o aplauso.
O filme, com todas as suas limitações, nos lança uma pergunta incômoda: será que ainda temos coragem de ser bons? Não “bons” no sentido frouxo da palavra, mas no sentido bíblico — como aquele jovem rico que foi chamado por Jesus a renunciar tudo, mas foi embora triste (Mc 10:17–22). Porque ser bom, de verdade, exige cruz.
Conclusão: o herói verdadeiro
Superman pode inspirar. Mas só o Evangelho salva. Só Jesus Cristo, o verdadeiro herói da história, desceu do céu não apenas para nos proteger, mas para morrer por nós. Ele não apenas salvou um mundo que o rejeitou — Ele o amou até o fim, mesmo sendo crucificado por ele.
Portanto, se este filme despertou algo em você — um anseio por justiça, por verdade, por redenção — saiba: esse desejo tem um nome. E esse nome é Jesus.
Ele é mais forte que o aço, mais rápido que a luz, mais justo que qualquer ideal. Ele é o Verbo eterno que se fez carne, e nos convida a viver não como espectadores, mas como discípulos.
E aí, quem você escolhe seguir?

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